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Saturday 15 September 2012

A Tribute to my Country, Portugal.


Portugal

No dia 15 de Setembro, pela terceira vez na vida, o meu país conseguiu arrepiar-me a pele. Pôr-me o sangue a ferver. Fazer-me os olhos brilhar. Desde que o Lusitânia Expresso cruzou os mares de Timor e que o Ricardo defendeu sem luvas o penalti Inglês, que Portugal não me fazia sentir assim.

Lá fora, no estrangeiro onde vivo, através das imagens permitidas por uma ligação online, o Povo Português fez-me sentir o mesmo que a Humanidade sente quando lê um poema do Pessoa, quando contempla um quadro da Paula Rego, quando ouve uma música dos Madredeus. Comoção. Gratidão. Respeito. Aquilo que sentimos pelos poucos de nós que têm a coragem e o amor ao mundo necessários para fazer aquilo que todos os outros gostavam que acontecesse.

Neste dia eu percebi que a revolta contra a barbárie pode ser tão sublime quanto escrever um poema, pintar um quadro, ou compor uma música. Pode exigir ainda mais coragem, quando essa barbárie, apesar de ter acólitos, não tem rostos, como de resto todas as ideologias. Vive em menor ou maior quantidade na mente de alguns, que por infelicidade da civilização convergiram para as cadeiras de poder do mundo ocidental.

Essa ideologia acha que promover o auto-interesse individual é a melhor forma de alcançar o bem-estar comum, que por isso a desigualdade extrema é legítima, que o mercado financeiro é a realidade, e que mesmo quando essa realidade é trágica não a podemos mudar mas apenas, resignadamente, piorar o país e a vida daqueles que nele trabalham.

Hoje Portugal escreveu um poema com a mensagem que o sistema financeiro deve servir as pessoas e não o contrário. Hoje Portugal pintou um quadro onde expressa que se o sistema financeiro não serve, deite-se fora o sistema porque as pessoas não são descartáveis. Hoje Portugal compôs uma música onde as pessoas não se “modelam”, mas os sistemas sim, haja coragem política. Podemos perder tudo o resto, mas hoje ganhámos o País.

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